O VINHO ALVARINHO NO CAMINHO PORTUGUES A SANTIAGO DE COMPOSTELA

Além da abordagem espiritual ao se fazer o caminho, temos outros atributos tais como: Gastronomia da região, Cultura, visita a Monumentos e cidades do Caminho e interação com o pessoal onde se passa. No caso do Caminho Portugues a Santiago de Compostela algo famoso, e delicioso, é o seu vinho ALBARINO (nome na Espanha) ou ALVARINHO (nome em Portugal), sendo a casta a mesma. Não está claramente identificada se a casta é originária da Galícia ou do Minho, mas para os apreciadores de vinhos o bom é a qualidade do ALVARINHO. A casta Alvarinho é a mais nobre das castas da Região Demarcada dos Vinhos Verdes. A natureza, única no mundo, do vinho Alvarinho exige que seja bebido fresco, a uma temperatura entre os 8° e os 10° C, mas arrefecido lentamente para que conserve o aroma, com garrafa aberta vinte a trinta minutos antes de ser apreciado. Mas o começo da sua história moderna, a 1.ª revolução no setor, podemo-la situar na década de 30, com o aparecimento no mercado de Portugal da marca «Cêpa Velha», da empresa ?Vinhos de Monção?. Depois apareceram o ?Alvarinho? da Adega Cooperativa, o ?Palácio da Brejoeira?, ? Deu-la-Deu?, da Real Vinícola e, só no começo da década de oitenta é que foi lançado o 1.º vinho Alvarinho engarrafado em Melgaço, o ?Solheiro?. A 2.ª revolução penso poder datá-la em 1986, quando depois de uma acentuada crise comercial a Adega Cooperativa de Monção, sofreu um novo impulso organizativo e técnico e adotou uma nova estratégia comercial, possibilitando uma melhor valorização das uvas e um pagamento mais atempado aos seus sócios. Os frutos desta nova gestão da Adega geraram uma nova apetência dos lavradores dos dois concelhos por este setor agrícola e uma nova dinâmica, quer a nível da viticultura, quer a nível da elaboração e acondicionamento dos vinhos, bem como na sua comercialização.